Nexa e parceiros formam multiplicadores da garantia de direitos da criança e adolescente
Na última quinta-feira (25) ocorreu o primeiro de oito encontros planejados para o ano. Na ocasião, foi abordada a temática ‘Violência Sexual: causas, denúncia e responsabilização’. Ao longo de 2021, os encontros mensais, com duração de 1 hora, servirão também para o debate e definição de estratégias de desdobramento e reforço dos temas junto aos colaboradores, próprios e terceiros, que atuam na implantação do maior empreendimento mineral do estado de Mato Grosso.
A fundadora e diretora do Instituto Aliança, Márcia Campos, ressalta que a formação de multiplicadores colabora para prevenir situações de exploração sexual, além de fortalecer as ações desenvolvidas com a rede de proteção no município. “A formação é importante porque esses profissionais geralmente são pessoas de outras regiões, estão vivendo e convivendo com a comunidade. Na medida que os envolvidos no projeto conhecem os fatores de responsabilização, se colocam numa postura de proteção às crianças e adolescentes do município”, afirma.
Para a enfermeira do trabalho, Janice Aparecida, o colaborador enquanto cidadão atuante na rede de proteção, com a formação, pode multiplicar as informações e lapidar a observação em casos suspeitos de violência psicológica, física, sexual, que são violações de direitos traumatizantes. “Lidar com as vítimas requer habilidade e conhecimento. Nós, profissionais da saúde, podemos ser os primeiros a observar a violência física pelo fato dos exames físicos realizados e a violência psicológica também pelo fato da observação e conversa na primeira consulta ou avaliação clínica e de enfermagem”.
Formar multiplicadores de garantias dos direitos das crianças e adolescentes é também uma forma de encorajar membros diretos ou indiretos da rede de proteção, assim como colaboradores da Nexa e parceiros, a denunciar as violações. No ano passado, por exemplo, 236 denúncias foram formalizadas sobre violências psicológicas, físicas, sexuais, entre outras, conforme dados do VIA. Ampliar essas denúncias também significa proteção às vítimas, como afirma Mônica Ortiz, assistente social que atua no Projeto Aripuanã e participa das ações promovidas pelo Programa desde 2018. “Com isso esperamos que os casos de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes sejam denunciados”, conclui.