Nesta sexta-feira, 13 de junho de 2025, foi realizada uma reunião no Gabinete da Prefeita Municipal de Aripuanã com a presença de representantes da etnia Arara, incluindo o cacique geral, Sr. Raimundo Nonato. O encontro teve como pauta principal a situação da ponte sobre o Rio Branco, localizada no trecho da MT-208 que liga a sede do município ao Distrito de Conselvan, e que também serve como rota de acesso ao estado de Rondônia, no extremo norte do Mato Grosso.
A rodovia MT-208 corta território indígena da etnia Arara, e apesar da estrutura da nova ponte de concreto já estar finalizada, a mesma ainda não está em uso devido à ausência das cabeceiras (encabeçamento). Essa etapa não foi executada anteriormente por conta das preocupações levantadas pelos indígenas quanto aos possíveis impactos sociais e econômicos em sua comunidade.
Atualmente, o tráfego na região depende exclusivamente de uma ponte de madeira, que se encontra em estado precário e oferece riscos à segurança dos usuários. Diante dessa realidade e da necessidade urgente de realizar a reforma da ponte de madeira, a Prefeitura de Aripuanã solicitou aos representantes indígenas a autorização para uso temporário da ponte de concreto, mediante a construção de um encabeçamento provisório que permita o tráfego seguro de veículos.
Sensibilizados com a situação emergencial e considerando o decreto municipal de calamidade pública, os representantes da etnia Arara concordaram com a utilização da ponte de concreto, desde que isso ocorra por um período determinado de até quatro meses e que a utilização temporária seja amplamente divulgada à população.
A prefeita Seluir Peixer Reghin agradeceu o diálogo respeitoso e a compreensão da comunidade indígena: "Nosso compromisso é com o bem-estar de toda a população de Aripuanã. Agradecemos à comunidade Arara por compreender a urgência da situação e permitir essa solução temporária, que será conduzida com todo respeito às normas e aos direitos dos povos originários."
A Prefeitura de Aripuanã reforça seu compromisso com o diálogo e o respeito às comunidades tradicionais, buscando soluções conjuntas que garantam tanto a segurança da população quanto a preservação dos direitos e da cultura indígena.